Com o número crescente de pessoas famosas realizando procedimentos estéticos como a Harmonização Facial e a divulgação nas redes sociais os resultados obtidos, cresceu a busca por resultados,  e consequentemente o número de profissionais interessados em realizá-lo.  

Entretanto, a realização desse procedimento por profissionais que não são médicos ou dermatologistas pode colocar a segurança e a saúde dos pacientes em risco. Entenda tudo sobre Harmonização Facial e seus perigos neste texto.

O que é Harmonização Facial

Antes de falar sobre os riscos, é necessário entender do que se trata esse procedimento. Conforme descrito em nosso post anterior sobre o tema:

A harmonização facial é  um tratamento estético em que  – através de uma técnica não cirúrgica de preenchimento facial –  buscamos alinhar os ângulos da face, corrigindo assimetrias e destacando características individuais que trazem maior equilíbrio e harmonia na sua aparência final.

Assim, através do equilíbrio entre o volume, os ângulos e o formato de todas as regiões da face, esse tratamento destaca a beleza natural da pessoa e promove rejuvenescimento.

Como a Harmonização Facial é realizada no dermatologista ?

Os locais da face a serem preenchidos são anestesiados com anestésico tópico, anestesia local ou bloqueio – conforme o que for mais adequado para o local. Em seguida, utiliza-se agulhas ou microcânulas para injetar os preenchedores.

A aplicação pode demorar de 30 minutos a 1 hora e pode ser realizada na própria clínica. Logo após o procedimento os resultados já podem ser vistos, porém pode haver um certo inchaço nos primeiros dias. Por isso, após 30 dias sugerimos uma nova avaliação para verificar se é necessária mais alguma aplicação.

Existem riscos na harmonização facial com o médico dermatologista?

Apesar de seguro, todo procedimento médico envolve riscos e, no caso da harmonização facial, somam-se os riscos de diversos procedimentos estéticos combinados. 

Como possíveis complicações podemos citar:

  • Reações Alérgicas;
  • Anafilaxia;
  • Cegueira; 
  • Derrame ou AVC , 
  • Hematomas pequenos ou grandes, 
  • Oclusões vasculares e morte dos tecidos,
  • Necrose ,
  • Manchas e cicatrizes permanentes,
  • Resultados artificiais e caricaturas 

O profissional médico está preparado e apto a lidar com essas adversidades, além de realizar o procedimento em locais cuja estrutura permita  a reversão de qualquer quadro mais grave. Além disso, é necessário conhecer as consequências de associações de substâncias no mesmo local para evitar complicações. Afinal, a formação do médico inclui 6 anos de graduação somados a três ou quatro anos de especialização em período integral.

PROBLEMA: Infelizmente, o que se vê no mercado hoje é uma crescente de cursos rápidos e superficiais e que visam o lucro, levando muitos profissionais não qualificados a oferecer esse tipo de serviço e colocando a população em risco.

Os riscos são tão graves que estes mesmos profissionais não-médicos não sabem reconhecer ou tratar quando os problemas ocorrem.

Mas então, como escolher o profissional para realizar a harmonização facial?

A escolha do profissional, portanto, deve se pautar em duas informações:

  • Currículo: Deve-se buscar um profissional médico especialista em dermatologia ou cirurgia plástica;
  • Experiência: Busque se informar sobre há quanto tempo esse profissional tem realizado e/ou estudado sobre esse procedimento. Afinal, a repetição traz a perfeição e quanto maior o contato do profissional com possíveis complicações, mais apto ele se torna a lidar com elas e a evitá-las.

Lembre-se que antes de realizar o procedimento é necessário fazer uma avaliação inicial, em que somente o médico será capaz de identificar a necessidade de solicitar exames complementares. Da mesma forma, na vigência de manchas e/ou lesões de pele no local em que o procedimento deve ser realizado, o profissional médico, e principalmente o dermatologista, será capaz de identificar e tratar as mesmas.

Dicas para garantir  a sua segurança

Vale ressaltar que os profissionais médicos se apresentam com o número do seu CRM e, no caso dos especialistas em dermatologia e cirurgia plástica, o número do seu RQE (Registro de Qualificação de Especialista). Esse tipo de informação pode ser verificado junto às entidades de especialidades e confirmar se esse médico é mesmo um especialista. Essas entidades são a SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Você pode consultar a lista de cirurgiões certificados neste link.  

Quando tragédias médicas acontecem em procedimentos realizados por esteticistas, enfermeiras, fisioterapeutas, biomédicos e outros, fica mais difícil acionar os conselhos regionais para pedir ajuda e reparação dos danos.

Ficou interessado nesse tratamento? Você pode tirar mais dúvidas e marcar uma avaliação com um médico dermatologista com anos de experiência na área através do WhatsApp!