tratamento do melasma em sao paulo

Tratamento do melasma com dermatologista  SP

CONTEÚDO DE 2018

O que é o Melasma e Tratamento do melasma

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O Melasma se caracteriza por manchas escuras na pele,  geralmente na face, mas também pode ocorrer no colo, nos braços e pescoço.
Afeta mais frequentemente as mulheres, podendo ser vista também nos homens. Não há uma causa definida, mas muitas vezes esta condição está relacionada ao uso de anticoncepcionais femininos, à gravidez e principalmente à exposição solar. O fator desencadeante é a exposição  à luz Ultravioleta  e mesmo à luz visível. Além dos fatores hormonais e da exposição aos raios solares, a predisposição genética e  histórico familiar também influencia no surgimento desta condição.
Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele, que normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos, porém também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são chamadas de cloasma gravídico.

Tipos e classificação do Melasma

Classificamos os melasmas em relação à profundidade do depósito do pigmento.Pode ser melasma:
  • Melasma epidérmico: Quando há depósito de pigmento (melanina) na epiderme (camada mais superficial da pele). 80% dos casos, sai com os tratamentos convencionais, mais ou menos facilmente.
  • Melasma dérmico: Caracterizado pelo depósito de pigmento (melanina) na camada da pele chamada derma, mais profundo. 5% dos casos. São os melasmas de difícil tratamento e controle. Não respondem a quase nada, nem laser, peeling, cremes etc..
  • Misto: Depósito de um excesso de melanina na epiderme  e na derme. 15% dos melasmas. Respondem parcialmente ao tratamento, e quando removemos o pigmento da epiderme, resta o dérmico, que raramente responde ao tratamento.
Classificamos os melasmas em relação à localização do depósito do pigmento na face. Pode ser melasma:
  •  o malar (maçãs do rosto),
  • centrofacial (testa, bochechas, acima do lábio, nariz e queixo) e
  • mandibular, conforme a região em que aparece.

CLÍNICA E SINTOMAS DO MELASMA

Aparecimento de manchas escuras ou acastanhadas na face, principalmente nas maçãs do rosto, testa, nariz, lábio superior (o chamado “buço) e nas têmporas, lateral dos braços e colo. As manchas têm formatos irregulares e bem definidas, geralmente simétricas (iguais nos dois lados). Muitas vezes as pessoas relacionam o surgimento da mancha ao uso de algum creme, um procedimento de depilação com cera, acidentes domésticos com calor ou forno, mas todas essas possibilidades são apenas “mitos”, não comprovados cientificamente.

TRATAMENTO DO MELASMA

O dermatologista é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar o melasma.
Mas você deve saber que MELASMA NÃO TEM CURA.  TEM CONTROLE. Alguns somem espontaneamente ou com o tratamento, mas outros persistem, apesar de tudo que a dermatologia moderna dispõe.
Os tratamentos variam, mas sempre passam por intensa  proteção contra os raios ultravioleta, a luz visível ,  o uso de medicamentos tópicos e orais (novidade) e procedimentos para o clareamento. É importante entender que o tratamento do melasma sempre prevê um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. Um ciclo contínuo, por parte do paciente.

Fotoproteção – Proteção solar

melasma como tratarO ponto de partida para que o tratamento é a correta proteção contra os raios solares. Aplicar um filtro solar potente, físico e químico, com FPS mínimo de 30 nas regiões expostas do corpo é  medida essencial.
Procure filtros que tenham proteções contra os raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB), e se possível com proteção também à  luz visível e infravermelho (mais raros).
O conceito e conhecimento  atual do tratamento de melasma considera que o uso de filtros ajuda a estabilizar os benefícios obtidos com o conjunto de medidas descritas abaixo.

Medicamentos tópicos, cremes para tratamento do melasma

No tratamento do melasma, cremes médicos clareadores podem ser utilizados.
Não cosméticos, comprados sem receita. Mas clareadores médicos.
Os mais usados são a base de hidroquinona, ácido retinóico, nicotinamida, ácidos kójico, fítico e o azeláico.
Ás vezes,  resultados demoram atéde dois meses para começar a aparecer. Cremes não funcionam para todos os pacientes. Melasma dérmico responde pouco.
Mesmo com resultados rápidos , o tempo necessário para estabilizar a condição e impedir que mínimas exposições façam retornar o pigmento pode ser de muitos meses ou anos. Assim o conceito principal é que pacientes com melasma necessitam tratamento e acompanhamento dermatológico constante.

PEELINGS DE ÁCIDOS PARA O TRATAMENTO DO MELASMA

O peeling pode clarear o melasma mais rápido e mais forte que com o uso dos cremes.
Existem diversos tipos de peelings: alguns mais superficiais, epidérmicos (mais seguro) e outro mais profundos .
O dermatologista experiente pode selecionar, entre dezenas de peelings pesquisados e conhecidos, quais ajudam mais o paciente em questão, dependendo do tipo de pele.
Os peelings ajudam no tratamento das manchas, rugas finas, poros, oleosidade e qualidade geral da pele.

Lasers e Luz Intensa Pulsada

Há algumas formas de energia luminosa que podem ajudar no tratamento do  melasma.
Alguns lasers podem piorar o melasma,  devem ser usados com cuidado para não causar mais pigmentação, motivo pelo qual deve ser realizado por um dermatologista treinado e habituado às fontes de energia luminosa,e aos lasers do mercado brasileiro.
Normalmente são usados lasers de NDYag 1064nm, pulso ultra curto, chamados de Q-switched lasers.
Também fazem parte do arsenal, com cuidado, a associação da Luz pulsada aos Q-switched, os lasers fracos fracionados ablativos e nao ablativos.

Microagulhamento, derma roller , dermapen para o tratamento do melasma

Baseados em trabalhos recentes desenvolvidos por um dermatologista professor, brasileiro, vemos uma revolução no tratamento dos MELASMAS DERMICOS, MELASMAS DE DIFÍCIL TRATAMENTO.
Uma nova técnica esta causando rebuliço no meio dermatológico pois, apesar de agressiva e muito usada para cicatriz de acne, mostrou resultados surpreendentes em casos de melasma recorrente e dificil.

Medicamentos orais para o melasma

Alguns antioxidantes específicos e uma nova droga usada para prevenção de tromboses mostraram resultados animadores e passaram a ser usadas por todo o mundo no auxílio, coml adjuvantes, no tratamento do melasma.
São três drogas, orais, que seu dermatologista pode prescrever,  para tratar o melasma: converse com ele.

Causas do melasma

Não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se que ele está relacionado principalmente à exposição solar, mas também ao uso de anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais, predisposição genética, algumas doenças (ex: hepatopatias) e à gravidez. A maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária ou intermitente ao sol, embora também suspeita-se que o calor seja um fator subjacente. É mais comum em mulheres, aproximadamente 90% dos casos, e àquelas com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar a doença.
São diversos os fatores que podem desencadear o surgimento do melasma, dentre eles:
  • Exposição ao sol, pois a luz ultravioleta estimula os melanócitos (que produzem os pigmentos de cor da pele, a melanina). Apenas uma pequena quantidade de exposição solar pode fazer com que o melasma retorne, mesmo em uma pessoa que já o tratou anteriormente, e essa é uma das principais razões porque os casos aumentam no verão.
  • Mudanças hormonais causadas pela gravidez, uso de pílulas anticoncepcionais ou repositores hormonais, além das endocrinopatias, como as doenças da tireóide
  • Produtos cosméticos para o tratamento da pele que acabam por irritá-la podem piorar os episódios de melasma.

Fatores de risco para o melasma

São vários e diversos os fatores que aumentam o risco da pessoa desenvolver melasma, entre eles:
  •  mulher, elas representam aproximadamente 90% do total dos casos de melasma conhecidos
  • um tom de pele mais escuro, como as africanas e afrodescendentes, indianas, hispânicas e asiáticas, pois são mais propensas a contrair melasma por possuírem mais melanócitos ativos para a produção de melanina (pigmentação da pele)
  • gestante , devido às alterações hormonais
  • parente e familiar direto com  melasma
  • moraram em locais com altas temperaturas, exposição ao sol e  verão

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Buscando ajuda do dermatologista para tratar as manchas

Caso apareçam manchas na região do rosto ou pescoço a pessoa deve procurar imediatamente um dermatologista para verificar o que está acontecendo. Mesmo que seja um caso recorrente de melasma, é importante verificar com o especialista o tipo e tratamento adequado para este momento. O melasma não é cancerígeno, mas manchas na pele podem ter diversos significados.

Na consulta médica

Ao aparecimento de manchas no rosto e corpo é sempre importante procurar um dermatologista para verificar. Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
  • Uma lista com todas as manchas e há quanto tempo elas apareceram
  • Se já teve outros episódios de melasma, informar quando foi a primeira vez e a data dos últimos tratamentos
  • Histórico médico, incluindo outras condições que tenha e medicamentos ou suplementos que tome com regularidade
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Com qual frequência você se expõe ao sol e por quanto tempo?
  • Costuma usar protetor solar? Qual FPS?
  • Já teve outros episódios de melasma anteriormente? Como foi tratado?
  • Algum parente próximo (pais e/ou irmãos) já teve melasma?
  • Já fez ou faz tratamentos com hormônios?
  • Usa pílula anticoncepcional?
  • Está grávida ou com suspeita de gravidez?
É importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante, pois isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. E caso tenha uma dúvida nova durante o atendimento ou tratamento, não hesite em perguntar ao profissional.

Convivendo como melasma, o que esperar do melasma com os anos ?

Apesar do melasma poder ser uma doença crônica,  com períodos que fica mais evidente, e outros que desaparece, ou esmaece,  o prognóstico para a maior parte dos casos é bom.
Geralmente ,  o clareamento tende a ser lento, baseando-se sempre na estabilização dos benefícios já alcançados.
Na grande maioria dos casos do insucesso, a razão foi porque o paciente continuou se expondo ao sol sem os devidos cuidados ou de forma excessiva.
Tratando corretamente e tomando todos os cuidados diariamente é possível que os episódios de melasma não voltem a se repetir, apesar da doença ainda não ter cura.

Complicações possíveis

Corretamente tratado, com o dermatologista, o melasma não apresenta complicações. Não passa, não pega, não mata. Só tem o desconforto estético, que ás vezes pode ser imenso.

Curiosidades sobre o melasma

A causa do melasma é desconhecida estando envolvidos fatores genéticos raciais, hormonais e ambientais como a radiação ultravioleta. O cloasma gravídico está associado as mudanças hormonais deste período e em geral desaparece após o parto.
Ainda não houve identificação de genes específicos ligados ao melasma, mas a prevalência maior nos hispânicos e asiáticos além da ocorrência familiar sugerem a participação genética.
A participação do estrógeno e progesterona na etiologia destas manchas tem fortes indícios pela relação tanto com a gravidez como com o uso de anticoncepcionais. Dosagens séricas destes hormônios em mulheres com melasma são normais e idênticas aquelas do grupo controle.
Os níveis do hormônio melanotrófico também não apresentam alterações nos pacientes com melasma.
Alguns trabalhos sugerem a relação do aparecimento do melasma com doenças da tiróide especialmente aquelas auto imunes. Outros, demonstraram a elevação sérica do hormônio luteotrófico (LH) , sugerindo relação com algum grau de hiperandrogenismo.
Já foram encontrados receptores estrogênicos nos melanócitos cultivados e demonstrou-se que o hormônio aumenta a melanogenese e a atividade da tirosinase. Alguns estudos também comprovaram que tanto o estradiol, estriol e estrona em níveis fisiológicos estimulam a formação de melanina e atividade do tirosinase. Alguns autores realçam a relação entre o ACTH e a produção melânica.
Os melanócitos do melasma, parecem ter comportamento diferente daqueles da pele normal pois quando abrasados voltam a produzir o mesmo nível de melanina. Especula-se que tenham receptores e que a ligação hormônio receptor seja mais eficiente e interfira na melanogenese local.
A radiação ultravioleta do sol e de lâmpadas artificiais estimula os melanócitos “in vivo” e em cultuas. A exposição solar aumenta os melanócitos da camada basal, a produção e transferência da melanina. A pigmentação pode ser imediata, ou tardia. Estudos bioquímicos sugerem que a pigmentação imediata envolve a oxidação de melanina pré-formada e relaciona-se a ultra violeta A 320-400mm.
A pigmentação tardia ocorre por comprimento de onda na faixa da radiação B 290-320mn e estimula a formação de novas células, a produção melânica e a transferência da mesma.
A melanogenese induzida pela radiação ultravioleta é bastante complexa envolvendo receptores hormonais do hormônio melanotrófnco participação da vitamina D3, além do desencadeamento de cascata inflamatório com formação de radicais superóxidos.
A pele com melasma parece responder mais intensamente ao estímulo da radiação ultravioleta.

Estratégia do tratamento do dermatologista contra o melasma

1. Proteção em relação à radiação solar.
2. Inibição da atividade dos melanócitos.
3. Inibição da síntese de melanina.
4. Remoção da melanina.
5. Destruição dos grânulos de melanina.

Inibição da atividade dos melanócitos

Para que ocorra inibição da atividade global do melanócito, é importante evitar radiação solar e utilizar filtro solar, sistêmico e tópico diariamente, várias vezes ao dia. Está comprovado que a radiação solar induz a melanogenese aumentando o número total de melanócitos, melanossomas e melanina.
A área pigmentada escurece mais do que a área normal devido a hiperatividade do melanócito local.
Outros fatores devem ser enfatizados como evitar o uso de drogas fotosensibilizantes. O uso de anticoncepcionais precisa ser descontinuado para obter melhores resultados uma vez que há associação direto do estrógeno e progesterona com o melasma.
A agressão e manipulação da área com melasma deve ser evitado. Toda inflamação no local tende a escurecer mais a mancha devido a pigmentação pós inflamatória.
Inibição da síntese da melanina
A inibição da síntese de melanina pode ser feita com vários clareadores como os enumerados abaixo

 Tratamento tópico do melasma para inibir a síntese da melanina

Ação Agente
Inibidor da tirosinase Hidroquinona
Ácido kógico
Ácido azeláico
Arbutin
Melawhite
Inibição da produção de melanina Ácido ascórbico, magnésio-L-ascorbil-2 fosfato
Glutadiona
Toxidade seletiva ao melanócito Mercúrio amoniacal
Isopropilcatecol
N-Acetil-4-S-cistearninofenol
N-2,4-Acetoxifenil-etilacetamina
N-Acetilcisteina
Supressão não seletiva da melanogenese Indometacina
Corticoesteroides
A hidroquinona age na tirosinase provocando sua inibição. Ela é derivada do fenol sendo citotóxica, principalmente se usada em doses altas e períodos prolongados. A utilização deste agente terapêutico para tratamento do melasma deve ser na concentração de 4 a 5%. Concentrações de 2% são menos ativas e utilizadas em cosméticos terapêuticos pois até este nível não há efeitos colaterais marcantes.
Concentrações maiores do que 10% irritam a pele provocando avermelhamento e piora da mancha. A hidroquinona ainda é o despigmentante mais utilizado para o tratamento do melasma. A associação de hidroquinona 4%, tretinoína 0,025%, dexametasona 0,05% em veículo  é conhecida como fórmula de “Kligman”, dermatologista americano que a preconizou para o uso no melasma.
O ácido retinóico ou tretinoína foi usado em vários trabalhos comparativos e comprovou seu efeito clareador. Esta substância melhora e homogeiniza o extrato córneo e provoca efeitos de “limpeza” da melanina localizada na epiderme. Além de potencializar o efeito da lúdroquiriona, a tretinoína tem efeito despigmentante primário cujo mecanismo ação não é explicado. O corticoesteróide tem efeito despigmentaste e vários trabalhos demonstram esta ação. Na fórmula de Kliginan a associação com corticóide diminue o potencial irritante da tretinoína e também da hidroquinona. Por outro lado, o efeito colateral de atrofia que ocorre com o uso dos corticóides é compensado pelo efeito proliferativo do ácido retinóico. A fórmula de Migman pode ser modificada para outros veículos ou concentrações de cada agente. Alguns autores preconizam o uso de betametasona no lugar da dexametasona. Associados ao uso da fórmula de Klignian podem ser intercalados produtos como alfa hidroxiácidos, principalmente o ácido glicólico, e tático entre outros.
O ácido azelaico é um ácido dicarboxilico que compete com a tirosinase inibindo sua atividade. Sua ação também é antioxidarnte, preconizando-se a dose de 20%. Alguns trabalhos tentam demonstrar que ácido azelaico a 20% teria o mesmo efeito da hidroquinona 4%. Esta não é a minha experiência pois considero a hidroquinona mais ativa.
A vitamina C de uso tópico em doses adequadas inibe a ação do triasinose além de ter efeitos antioxidantes. Trabalhos atuais demonstram sua eficácia no tratamento de manchas tipo melasma “in vitro”, porém “in vivo” sua ação é limitada pela instabilidade. Novos produtos estão no mercado com concentrações mais altas, porém há dificuldades de estabilização e penetração.
O ácido kógico é citado em alguns trabalhos. É um derivado do arroz que também inibe a ação da tirosinase. É pouco irritante e pode ser associado a outras substâncias na concentração de 0,5 a 2%.
O Arbutin é um derivado metabólico da hidroquinona, inibe a tirosinase e pode ser usado de 2 – 4% provocando menor irritação que a hidroquinona. Outras substâncias na literatura como melawhite, isopropilcatenol, cisteaminofenol, melfade, entre outras, necessitam de confirmação, pois há relatos esparsos sem controle cego.
Remoção da melanina
A remoção da melanina pode ser feita com uso de “peelings” que promovem a esfoliação da pele,
eliminando a melanina. São utilizados de preferência os peelings superficiais como: pasta de resorcina 40%, solução de Jessner, ácido retinóico 1 a 3%, ácido glicólico 70%, ácido salicílico 30% e outros peelings combinados.
Os peelings chamados de  superficiais ( não se iluda, são bem fortes mesmo assim) são eficientes para o tratamento do melasma epidérmico porém tem pouca ação no melasma dérmico.
Os peelings superficiais são realizados quinzenalmente, ás vezes alternados com os lasers, após preparo e tratamento com clareadores em creme.

Rompimento dos grânulos de melanina

Alguns aparelhos de laser através do mecanismo fototermólise seletiva podem atingir a melanína com maior especificidade. O laser pode melhorar as manchas de melasma porém costuma haver recidiva .
Muitas vezes após o clareamento do melasma com produtos tópicos, observa-se que há vasos dilatados formando rede que sombreia esta hiperpigmentação. O laser seletivamente pode ser usado para queimar estes vasos clareando as manchas. O laser deve ser usado após o preparo da pele com clareadores. A fluência (joules/cm2) deve ser pequena para evitar queimadura. Ele é ura tratamento coadjuvante e não é eficaz isoladamente.
Conclusão
O tratamento do melasma é prolongado, a resposta somente inicia após cerca de 45 dias, e o sol precisa ser controlado e por esta razão o entendimento do paciente é importante.
O tratamento do melasma é difícil, porém há respostas muito adequadas. Geralmente a recidiva principalmente se houver exposição ao sol. Isto ocorre porque os melanócitos desta região tem um comportamento fisiológico alterado que especulativamente deve estar relacionado ao mecanismo hormônio receptor.
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Combinação do Laser Q-switched Nd : YAG 1064 nm e luz intensa pulsada para o tratamento de melasma

Nesse recente trabalho, vinte pacientes do sexo feminino com melasma de tipo misto, nos dois lados da face, foram tratadas.
Ao final do tratamento , foi observada melhora de 55 % versus 37 % de melhora comparando o lado tratado com os 2 lasers, versus o lado onde só usaram a Luz Pulsada, respectivamente .
A satisfação dos pacientes foi maior no lado do tratamento combinado .
Infelizmente, a recorrência ocorreu em ambos os lados , mas ainda havia uma diminuição significativa em relação ao basal . Ou seja, mesmo com a recorrência do melasma, estaval melhor depois do que antes do tratamento
Nenhum efeito colateral grave foi notada .
Conclusão
A combinação de resultados LFQS e IPL na resolução mais rápida do melasma e é mais eficaz do que LFQS sozinho para o tratamento do melasma.
No entanto , a recorrência ainda é inevitável.
Tradução e comentários,
Dr. Claudio Wulkan , Dermatologia Clínica e Cirúrgica
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laser e melasma – como é o tratamento com laser do melasma

Apesar dos vários métodos de se tratar o melasma hoje, o tratamento a laser é o que tem se mostrado mais eficaz. Quando falamos em “Tratamento a Laser para Melasma” estamos falando de tecnologias com resultados muito bons, mas que devem ser executadas por um profissional treinado e que tenha muito cuidado e critério na escolha do melhor tratamento.
Os tipos de laser mais utilizados para tratamento de manchas hoje são:
  • Luz Intensa Pulsada (IPL / LIP): um ótimo tratamento para alguns tipos de mancha mas no melasma tem bastante chance de causar um efeito rebote, inclusive com piora das manchas. A decisão por esse método deve ser muito bem conversada com o profissional.
  • Laser de CO2 Fracionado: o tratamento com Laser de CO2 Fracionado tem grande efeito para flacidez, marcas e cicatrizes. É também utilizado no tratamento de manchas e existem diversas palestras e publicações científicas que recomendam o seu uso no melasma, mas por ser mais agressivo e produzir mais calor, pode também piorar o melasma.
  • Laser Nd-YAG QS (Laser Spectra, Elektra, Vektra QS): tem alta afinidade pela melanina e não provoca aquecimento da pele. Por isso é o melhor laser para tratamento do melasma disponível atualmente. Devem ser feitas várias sessões com intervalos de 1 a 2 semanas. Além dos cuidados em casa. É o Laser mais seguro para esse tratamento, não causa efeito rebote, pode ser feito em qualquer época do ano desde que respeitadas as orientações do Dermatologista.
Observação: Ainda não existe nenhum tratamento definitivo para o melasma, por isso o acompanhamento que é feito posteriormente com o seu dermatologista é muito importante. Se depois de começar o tratamento do melasma o paciente notar que a pele escureceu, está irritada ou apresentou algum outro problema deve-se contatar o médico o quanto antes.

Alterações da pigmentação cutânea são queixas comuns no consultório do dermatologista.

Além das alterações físicas aparentes, as manchas/melasma costumam causar intenso sofrimento psíquico e baixa autoestima, principalmente nas mulheres. Dentre os problemas mais comuns de hiperpigmentação, destacam-se.

  • Melasma
  • Lentigos solares
  • Hiperpigmentação pós-inflamatória
  • Hiperpigmentação periorbitária (olheiras)

 

O melasma é melanodermia crônica, comum, usualmente vista em mulheres na idade fértil, que se apresenta por manchas  acastanhadas em áreas expostas a luz do sol.

O melasma pode ter três diferentes apresentações: centro facial (que afeta bochechas, fronte, lábio superior, nariz e queixo); malar (bochechas e nariz) e mandibular (acomete a região da mandíbula). Melasma é considerada hiperatividade do sistema melânico, pigmentar,  resultando em maior síntese de melanina.

Fatores relacionados ao aparecimento do melasma:

  • Exposição solar
  • Exposição ao calor intenso (cozinha, salão beleza)Melasma tratamento Laser roller sao paulo osasco alphaville
  • Gravidez ou uso de anticoncepcional
  • Disfunção nutricional
  • Alterações hormonais
  • Herança genética
  • Medicações como progesterona e drogas antiepiléticas, como a hidantoína
  • Idiopáticos – causa desconhecida (cerca de 1/3 dos casos)
  • Calor (pode piorar ou desencadear o melasma)
  • Menopausa
  • Pré-menstrual
  • Reposição hormonal pós-menopausa

A causa do melasma não está bem esclarecida. Mas um fato temos certeza: melasma piora com radiação solar !

O fato do melasma apresentar períodos de remissão no inverno e piora no verão, acredita-se que a radiação solar promova a peroxidação dos lipídios da membrana celular, com formação de radicais livres que estimulam os melanócitos a produzirem melanina em excesso, causando a hiperpigmentação. Há uma transferência de organelas chamadas melamossomos (cheias de melanina, pigmento escuro!) dos melanócitos para os queratinócitos (células da epiderme) das camadas superiores.

No melasma, os melanocitos são denominados tipo específico; são secretores, os melanossomos são maiores, mais densos e alongados.

No melasma, essas células que produzem pigmento, os melanócitos, são células com memória; uma vez ativadas aumentam o metabolismo.  E não param mais. Exercem a função para a qual foram diferenciadas e por isso o tratamento é difícil,  podendo levar anos.

O melasma pode ser classificado segundo a localização do pigmento na pele:

  • Epidérmico ou superficial
  • Dérmico ou profundo
  • Misto

A localização do pigmento na epiderme ou derme é fator importante na determinação do prognóstico do paciente com melasma. Pacientes com melasma como pigmento localizado na epiderme respondem melhor ao tratamento que os pacientes dérmicos ou mistos.

A proposta para o tratamento das hipercromias objetiva diminuir a proliferação dos melanocitos, degradar ou inibir a formação dos melanossomos e remover a melanina pré-formada. Dessa forma, o tratamento das hipercromias, principalmente do melasma, procura clarear e diminuir a área afetada com o menor número de reações adversas.

manchas e Melasma tratamento Laser roller sao paulo osasco alphavilleO tratamento das hperpigmentações da pele, principalmente do melasma é difícil, lento e muitas vezes desanimador para o paciente e para o médico. Além da dificuldade do tratamento ocorrem recidivas principalmente pela exposição solar e muitos pacientes não toleram o tratamento com ácidos e despigmentantes pela sensibilidade que a pele pode apresentar ou ainda, nos casos de melasma, tratamentos agressivos podem levar ao efeito rebote.

A associação de diferentes substâncias clareadoras potencializa os efeitos do clareamento e atuam nos vários estágios da produção da melanina.

A tretinoina (ácido retinóico) dispersa os grânulos de melanina nos queratinócitos, interfere na transferência de melanina para os queratinócitos e acelera a renovação celular epidérmica (células da pele se desprendem mais rapidamente, junto com o pigmento em seu interior).

A hidroquinona é padrão ouro no tratamento do melasma. Ela provoca uma diminuição dos melanossomos, inibição da tirosinase e aumento da excreção de melanina e consequente clareamento local, mas tem o seu tempo de uso limitado há alguns meses devido à possibilidade de causar efeito rebote e corticoide de baixa potência diminui a irritabilidade e aumenta a potência da associação

A ablação (destruição, remoção) controlada da epiderme é método efetivo para acelerar a remoção da melanina na camada basal. Deve-se promover a descamação dos queratinócitos de uma forma sem estimular os melanócitos tipo específicos, para não ocorrer o efeito rebote.

A esfoliação química feita com ácidos como alfa hidroxácidos, ácido salicílico e o resorcinol podem ser usados, mas o ácido que apresenta melhor resultado e maior segurança é o ácido retinoico que diminui a atividade citocrínica; atividade de transferência do melanócito para o queratinócito e favorece a mobilização dos melanófagos dérmicos devido à angiogênese provocada pelo ácido. Pode ser usado em concentrações menores no dia a dia ou maiores na forma de peelings.

O grande problema nesta fase do tratamento é a tolerabilidade da pele que pode apresentar os efeitos colaterais das medicações como irritação, prurido, eritema e descamação.

A proteção solar é fundamental no tratamento das hipercromias e deve sempre ser usado devido à sensibilidade do melanócito ao sol.

A associação de formulação clareadora e com poucos efeitos colaterais pode aumentar o clareamento da fórmula de Kligman diminuindo os efeitos irritativos que causariam o rebote nessa fase e podendo continuar sendo usado na manutenção em qualquer fase do ano após o uso da fórmula de Kligman na fase de manutenção.

Leia mais sobre tratamentos de melasma em:

Melasma tratamento  Tratamento do melasma com dermatologista  SP

Tratamento do melasma com lasers
Tratamento e causas do melasma

 

Tradução e comentários, 
Dr. Claudio Wulkan , Dermatologia Clínica e Cirúrgica
UNIFESP- Escola Paulista de Medicina
Revisor Científico de Livros de Dermatologia da Editora Médica Manole
Assistente Depto. de Dermatologia da FMABC 

Membro das:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
American Academy of Dermatology
Corpo Clínico Hosp. Israelita Albert Einstein Alphaville desde 2004