Tratamento  da Hiperidrose – São Paulo

 

Hiperidrose é um estado onde o corpo produz um volume de suor desproporcional às necessidades fisiológicas para a regulação da temperatura corporal, ou seja, o paciente transpira demais e sem motivo. A hiperidrose é normalmente uma condição primaria, sem causa aparente, entretanto, existem algumas doenças e medicamentos que podem causar uma sudorese excessiva.

O que é o suor?

O suor é um substância composta por água (99%) e pequenas quantidades de sais minerais (1%), basicamente cloreto de sódio e uréia. Outras substâncias presentes no sangue podem estar presentes no suor, como cálcio, magnésio, potássio, zinco e ferro, porém, em concentrações muito reduzidas. Ao contrário do que muitos pensam, o suor não é uma fonte de eliminação de toxinas e não serve para “purificar” o organismo. Passar um tempo em uma sauna pode ser relaxante, mas não fará você eliminar nada em quantidades relevantes além de água e sal.

Hiperidrose

Hiperidrose é um estado onde o corpo produz um volume de suor desproporcional às necessidades fisiológicas para a regulação da temperatura corporal, ou seja, o paciente transpira demais e sem motivo. A hiperidrose é normalmente uma condição primaria, sem causa aparente, entretanto, existem algumas doenças e medicamentos que podem causar uma sudorese excessiva.

O que é o suor?

O suor é um substância composta por água (99%) e pequenas quantidades de sais minerais (1%), basicamente cloreto de sódio e uréia. Outras substâncias presentes no sangue podem estar presentes no suor, como cálcio, magnésio, potássio, zinco e ferro, porém, em concentrações muito reduzidas. Ao contrário do que muitos pensam, o suor não é uma fonte de eliminação de toxinas e não serve para “purificar” o organismo. Passar um tempo em uma sauna pode ser relaxante, mas não fará você eliminar nada em quantidades relevantes além de água e sal.
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas que se localizam nas camadas mais internas da pele, comunicando-se com a camada mais superficial através de micro-ductos que desembocam em poros na nossa pele.

O suor tem como função básica ajudar na regulação da nossa temperatura corporal. A produção de suor pelas glândulas sudoríparas é controlada pelo nosso sistema nervoso central, nomeadamente pelo hipotálamo onde os neurônios termossensíveis se encontram.
Além do aumento da temperatura corporal, sistema nervoso também pode estimular a sudorese em momentos de estresse emocional. Geralmente, a transpiração nestes casos se restringe a certas áreas, como mãos, pés, axilas e crânio.

Hiperidrose

Como já referido na abertura do texto, a hiperidrose é um estado onde o corpo transpira mais do que seria necessário para arrefecer o organismo. Qualquer ponto do corpo pode ser afetado, porém, palmas das mãos, solas dos pés, face e axilas são os sítios mais comuns. Via de regra, a hiperidrose é uma sudorese focal, acometendo apenas uma área do corpo.

Atualmente, para o diagnóstico da hiperidrose usamos os seguintes critérios:

1. Sudorese focal excessiva com mais de 6 meses de duração e sem causa aparente.

Mais dois dos critérios listados abaixo:

2. Sudorese bilateral e simétrica (acomete ambas as mãos, pés e/ou axilas).
3. Sudorese que atrapalha as atividades diárias comuns.
4. Sudorese excessiva que ocorre pelo menos 1x por semana.
5. Início do quadro antes dos 25 anos de idade.
6. História familiar de hiperidrose.
7. Sudorese focal durante o sono.

Cerca de 2% da população apresenta critérios para o diagnóstico da hiperidrose. Pessoas de origem asiática, principalmente japoneses, têm um risco maior de apresentarem a doença. A hiperidrose focal é mais comum em adolescentes e jovens; menos de 5% dos casos iniciam-se após a puberdade, o que faz com que todo adulto com quadro de sudorese excessiva de inicio recente seja investigado para doenças metabólicas ou uso de medicamentos.

A hiperidrose costuma piorar em períodos de calor ou durante estresse emocional, mas muitos destes pacientes transpiram a todo momento, sem que haja fator desencadeante aparente.

Apesar de não ser uma doença grave, que traga maiores complicações, a hiperidrose pode ser incômoda e atrapalhar a vida social e profissional dos pacientes. O excesso de suor nas axilas pode manchar roupas e ser esteticamente indesejável, enquanto que a transpiração nas mãos pode molhar papeis, tornar o manuseio de instrumentos uma tarefa difícil e causar constrangimento ao apertar as mãos de outras pessoas.

Além do constrangimento social, a hiperidrose favorece o aparecimento de algumas doenças de pele, como eczemas, verrugas, dermatite atópica, infecção fúngica nas unhas, frieiras, foliculite e odores desagradáveis.

Causas de hiperidrose 

A hiperidrose primária, ou seja, sem causa aparente, costuma ser localizada, acometendo apenas mãos ou pés ou axilas. Eventualmente o excesso de suor na face e crânio pode fazer parte do quadro. Quando a hiperidrose é difusa e/ou inicia-se após a idade adulta, é preciso pensar em causas secundárias, entre elas podemos citar:

– Neoplasias
– Linfoma

– Diabetes
– Doenças da tireóide
– Tuberculose
– HIV
– Outras Infecções
– Doenças Febris
– Alcoolismo crônico
– Gota
– Menopausa
– Feocromocitoma
– Medicamentos

Entre os medicamentos que podem causar hiperidrose estão:

– Propanolol
– Nifedipina
– Fisiostigmina
– Pilocarpina
– Antidepressivos ( Escitalopram, Fluoxetina, Sertralina…)
– Insulina
– Hipoglicemiantes orais
– Tamoxifeno
– Sildenafil
– Omeprazol
– Ciclosporina
– Tramadol

Em geral, quando a hiperidrose é secundária a alguma doença, o paciente já apresenta outros sinais e sintomas da doença de base. Se o paciente apresenta febre, perda de peso, tosse, lesões na pele etc… é fácil suspeitar que o surgimento de hiperidrose esteja relacionado a uma doença sistêmica e não seja um quadro primário. Uma hiperidrose que só surge durante o sono também sugere a presença de uma causa secundária.

Tratamento da hiperidrose

Existem várias opções de tratamento para a hiperidrose, desde desodorantes até cirurgias. O grau dos sintomas, o local que transpira em excesso e as expectativas dos pacientes devem ser levadas em conta na hora de decidir qual o tratamento que melhor se aplica em cada caso.

1. Antitranspirantes (antiperspirantes) como tratamento para hiperidrose 

Os desodorantes antitranspirantes são comercializados em farmácias e supermercados e vêm normalmente em apresentações roll-on, creme ou aerossol. São produtos que contêm sais de metais, normalmente sais de alumínio, que obstruem os poros das glândulas sudoríparas na pele. Esses produtos só funcionam em casos de hiperidrose branda.

Se os antitranspirantes comuns falharem, existem soluções mais potentes como o cloreto de alumínio hexaidratado em concentrações que variam de 10 a 30%, que podem ser usados nas mãos, pés e axilas. Os resultados costumam aparecer dentro de uma semana, mas é comum o tratamento precisar ser suspenso por irritação da pele.

2. Remédios Para tratar hiperidrose 

Os anticolinérgicos são um grupo de drogas que agem inibindo os neurotransmissores que estimulam a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas. É atualmente um tratamento pouco usado devido ao elevado índice de efeitos colaterais e a baixa eficácia.

Exceto a OXIBUTININA , que tem seu uso a cada ano mais aprimorado pelos dermatologistas que tratam da hiperidrose.

OXIBUTININA começou a ser muito usada graças a um grande trabalho cientifico brasileiro, feito pelo D. Wolosker, cirurgião torácico.

Hoje, 2018 , o mundo usa cada vez mais OXIBUTININA para hiperidrose GENERALIZADAS , não para casos leves ou localizados.

CONVERSE COM SEU DERMATOLOGISTA, EM SÃO PAULO OU OSASCO, sobre a possibilidade de usar Oxibutinina oral para casos SELECIONADOS.

 

NOVIDADE 2018 – NO TRATAMENTO DA HIPERIDROSE LOCALIZADA

ARTIGO NA DERMATOLOGIC SURGERY, ESTADOS UNIDOS, 2018. 

Uma nova formulação com Oxibutinina TÓPICA , EM CREME, APRESENTOU BONS RESULTADOS PARA CASOS EM CRIANÇAS E ADULTOS , localizados de hiperidrose. 

Dr Claudio Wulkan já entrou em contato com algumas farmácias de manipulação para testarmos essa formulação, na clinica e na FACULDADE DE MEDICINA.

 

Nos pacientes que apresentam hiperidrose relacionada a estresse emocional, o uso do propranolol ou de  ansiolíticos como o diazepam podem aliviar os sintomas.

3.Iontoforese

A iontoforese é usada para tratar a hiperidrose palmar (mãos) e a hiperidrose plantar (pés). O tratamento consiste no bloqueio temporário das glândulas sudoríparas através de uma leve descarga elétrica emitida dentro de um recipiente de água. Os tratamentos duram por volta de 30 minutos e são geralmente aplicados em dias alternados, apresentando uma taxa de sucesso acima 85%. Os resultados são temporários e o tratamento precisa ser repetido constantemente.

Os efeitos adversos mais comuns são a irritação e apele seca. O aparelho pode ser adquirido e, após o devido treinamento, o paciente pode utilizá-lo em casa.

4. Aplicação de Botox

O Botox pode ser aplicado em mãos, pés, axilas e face, apresentando uma elevada taxa de sucesso, com efeitos que duram várias semanas.A toxina botulínica, comercializada sob a marca Botox, quando aplicada nas regiões que transpiram em excesso agem bloqueando os neurônios que estimulam o funcionamento das glândulas sudoríparas, causando uma redução temporária da produção de suor nestes locais.

5. Cirurgia para hiperidrose

Se todos os tratamentos explicados acima falharem, a cirurgia torna-se uma opção.

São 2 os tipos de cirurgias usadas no tratamento da hiperidrose. Uma delas é a curetagem ou lipoaspiração da axila, que removem as glândulas sudoríparas. A outra opção é a simpatectomia torácica endoscópica (STE) que é uma cirurgia maior e envolve a remoção dos nervos da medula espinhal ao nível do tórax, responsáveis pela inervação das glândulas sudoríparas das axilas, mãos e face.

A STE é a última opção, pois é o procedimento mais complexo e que apresenta maiores riscos, sendo realizado sob anestesia onde um endoscópio é inserido no tórax através da axila. Uns dos pulmões é desinflado para que o endoscópio possa chegar mais facilmente à coluna. O procedimento é realizado primeiro de uma lado e depois do outro.

Apesar de ser um procedimento com altas taxas de sucesso, a STE apresenta um efeito adverso comum e inconveniente: a sudorese compensatória. Este efeito colateral consiste em um suor intenso e excessivo que ocorre em outras áreas do corpo, principalmente nas costas, abdômen e pernas. É um efeito colateral importante, que traz grande insatisfação, pois o suor pode ser tão intenso ou até pior que a transpiração original que levou à cirurgia. Atualmente a simpatectomia torácica endoscópica é menos indicada.

 

Tratamento da Hiperhidrose  – segundo artigo

Segundo a Internacional Hyperhidrosis Society

 

Tratamentos para hiperidrose

Se você sofre de suor excessivo, talvez ache que já tentou de tudo ou tenha perdido a esperança. Mesmo assim, leia as informações aqui contidas sobre as técnicas e tratamentos disponíveis para o tratamento da hiperidrose. Achamos que você talvez aprenda coisas que darão esperança e o estimularão a procurar ajuda.

Alguns tratamentos tradicionais como os antitranspirantes e a iontoforese hoje estão melhores. Também já se sabe como torná-los mais eficazes. Existem também novos tratamentos como as injeções de Botox® que vêm dando alívio a pessoas que achavam que nunca conseguiriam. Os médicos e pacientes também estão testando combinações de tratamentos (p.ex. Botox com antitranspirantes) e obtendo bons resultados.

Devido aos efeitos colaterais, os medicamentos via oral não são recomendados para uso prolongado. Os tratamentos cirúrgicos como a simpatectomia torácica endoscópica (STE), embora muito anunciados, são reservados a alguns casos graves de hiperidrose palmar que não respondem a nenhuma outra opção de tratamento. Antes de optar pelo tratamento cirúrgico, os médicos e pacientes devem avaliar e discutir os riscos reais de seqüelas permanentes e de passar a vida com efeitos colaterais graves.

Para uma visão geral dos tratamentos atuais para hiperidrose e das partes do corpo que podem ser tratadas, use a tabela abaixo.

Antitranspirantes

Os Antitranspirantes são considerados a primeira linha de tratamento para o excesso de suor, pois são menos invasivos. Os especialistas recomendam usá-lo como tratamento inicial antes de se recorrer a outros tratamentos mais invasivos. Os antitranspirantes são aplicados sobre a pele e agem bloqueando ou tampando os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a quantidade de suor que chega à pele.

Existem antitranspirantes vendidos com ou sem receita médica. Os ingredientes mais usados em antitranspirantes são sais metálicos. Os medicamentos contendo cloreto de alumínio hexaidratado estão entre os mais eficazes. O cloreto de alumínio hexaidratado em concentrações de 10 a 15% é recomendado para reduzir o excesso de suor nas axilas. Nas mãos e pés são necessárias concentrações maiores, geralmente em torno de 30%. Os antitranspirantes também podem ser usados para a sudorese facial ou na virilha, mas podem irritar a pele dessas regiões, que são mais sensíveis. Fale com o seu médico antes de aplicar antitranspirantes nessas áreas sensíveis. O médico poderá recomendar outros antitranspirantes ou concentrações de ingredientes ativos mais adequadas para uso na face ou em outras áreas sensíveis. Além de irritar a pele, os antitranspirantes, sobretudo os vendidos com receita médica, podem danificar materiais têxteis. Portanto, tenha especial cuidado com roupas de baixo e com aquele pijama caro

Alguns antitranspirantes também contêm desodorantes. Os desodorantes não previnem o suor, mas podem reduzir o número de bactérias e diminuir o odor.

Uso eficaz de antitranspirantes vendidos sem receita.

Talvez você fique surpreso em saber que muitas pessoas com hiperidrose melhoram com antitranspirantes vendidos sem receita. O importante é saber usá-los corretamente. Um estudo recente mostrou que a aplicação de antitranspirantes pela manhã e à noite ou apenas à noite é mais eficaz que a aplicação apenas pela manhã.

Se tiver dúvidas sobre o que fazer ou não tiver tempo de aplicar o antitranspirante mais de uma vez ao dia, as pesquisas mostram outras maneiras de melhorar a eficácia. Basta mudar a hora do dia em que o antitranspirante é aplicado. Os estudos mostraram que aplicar o antitranspirante apenas à noite em vez de apenas pela manhã produz melhores resultados.

Para minimizar o risco de irritação da pele, seque bem a pele antes de aplicar o antitranspirante.

Uso eficaz de antitranspirantes vendidos com receita

Como com qualquer medicamento receitado, é importante seguir as instruções do médico. Essas instruções dependem do produto receitado e das características do seu caso. No entanto, recomenda-se, de modo geral, manter antitranspirantes à base de cloreto de alumínio sobre a pele por 6 a 8 horas e aplicá-los antes de dormir, quando há menos suor. Antes de aplicar, seque a pele completamente. Use um secador de ar frio, se necessário. Lavar a pele antes da aplicação é desnecessário e pode piorar a irritação. Se você depilar as axilas, espere 24 a 48 horas depois da depilação antes de aplicar o antitranspirante. Se a pele ficar irritada, trate-a com um creme tópico de hidrocortisona e fale sobre essa irritação com o seu médico. Caso contrário, use o antitranspirante todas as noites até que o suor diminua. Se o antitranspirante fizer efeito, você poderá reduzir o número de aplicações.
Talvez você tenha ouvido falar de uma técnica chamada “oclusão”, usada para aumentar a eficácia dos antitranspirantes. A oclusão consiste em envolver com um plástico, por períodos prolongados (p.ex. durante a noite), a área do corpo em que o antitranspirante é aplicado. Não há, contudo, evidências de que a oclusão aumente a eficácia dos antitranspirantes. Na verdade, a oclusão muitas vezes causa irritação grave da pele.


Próximas etapas

Você já tentou usar antitranspirantes, aplicando-os da maneira descrita acima, e acha que o excesso de suor continua prejudicando a sua qualidade de vida? Veja mais informações sobre como a iontoforese ou as injeções de Botox podem ajudar.

 

Iontoforese

A iontoforese usa um dispositivo simples para tratar o excesso de suor nas mãos (hiperidrose palmar) ou nos pés (hiperidrose plantar). Quando usada corretamente e adaptada a situações individuais, a iontoforese teve uma elevada taxa de sucesso (83% segundo a American Academy of Dermatology) no tratamento do suor das mãos ou dos pés.

A iontoforese emprega a água para conduzir uma pequena corrente elétrica através da superfície da pele. Não se sabe ao certo como a iontoforese funciona, mas acredita-se que a corrente elétrica e as partículas de minerais contidas na água interajam e induzam um espessamento microscópico da camada mais externa da pele, bloqueando o fluxo de suor para a superfície da pele. Quando o fluxo de suor é bloqueado ou interrompido, a produção de suor nas palmas e solas é, muitas vezes, “desligada” de repente.

Uso eficaz da iontoforese

Durante a iontoforese, o paciente, sentado, mergulha as mãos ou os pés (ou uma dessas partes do corpo) brevemente (20 a 40 minutos) em um recipiente rasa com água enquanto um dispositivo envia uma corrente elétrica fraca através da água. O processo é repetido em dias alternados por cinco a 10 dias ou até o suor diminuir a níveis confortáveis. Uma vez obtida a secura desejada, os pacientes podem passar a usar um esquema de manutenção, com sessões semanais ou a cada quatro semanas, dependendo do caso. Para manter a secura, deve-se repetir a iontoforese assim que o suor começar a voltar.

Em algumas regiões, a água da torneira é ‘mole’ demais para que a iontoforese funcione, ou seja, contém poucos minerais ou eletrólitos (pequenas partículas que ajudam a corrente elétrica a percorrer a água e chegar à pele). Nesses casos, basta acrescentar uma colher de fermento inorgânico ao recipiente de água.

Se a iontoforese com água comum (com ou sem fermento) não produzir a secura desejada, pode-se adicionar à água um medicamento chamado anticolinérgico. Isso funciona na maioria dos casos, fazendo com que as palmas e solas dos pés parem de suar.

A iontoforese não deve ser usada em mulheres grávidas, portadores de marca-passos ou implantes metálicos grandes (p.ex. próteses em articulações), problemas cardíacos ou epilepsia. Todas as jóias devem ser retiradas antes de cada sessão de iontoforese. Se a pele se tornar muito seca, recomenda-se usar hidratantes. Quaisquer abrasões ou cortes na pele devem ser cobertos com vaselina ou um produto semelhante antes das sessões de iontoforese para evitar irritação ou sensação de fisgadas na pele. Se a iontoforese irritar a pele na “linha d’água”, deve-se aplicar vaselina também nessa região antes do tratamento. Para aliviar uma irritação já presente da pele, recomenda-se usar um creme simples de hidrocortisona a 1%.

Muitos pacientes têm medo de levar choques elétricos durante a iontoforese, mas a corrente usada é fraca demais para causar lesões. Algumas pessoas, no entanto, se assustam com a corrente. O seu médico ensinará você a evitar essas surpresas. Na nossa opinião, o motivo de a iontoforese só poder ser usada no tratamento das mãos e dos pés é que as máquinas disponíveis atualmente não foram projetadas para tratar outras partes do corpo.

A iontoforese bem-sucedida requer uma técnica cuidadosa; portanto, é importante que você encontre um profissional de saúde que saiba ensinar a fazer o procedimento corretamente no consultório. Se você e seu médico acharem que a iontoforese é uma boa opção de tratamento para o seu caso, o seu médico poderá receitar uma máquina de iontoforese de uso doméstico. Nos Estados Unidos, os especialistas recomendam os aparelhos de iontoforese fornecidos pela R.A. Fischer Company. O aparelho custa cerca de US$ 675,00. Existem outros dispositivos mais baratos, mas os resultados até agora não têm sido bons. Na Europa, os pacientes podem utilizar aparelhos produzidos pela STD Pharmaceutical

 Injeções de Botox

O Botox (toxina botulínica tipo A) é aprovado em muitos países do mundo para uso no tratamento de hiperidrose primária grave em pacientes que não obtêm alívio com antitranspirantes. O Botox é produzido pela Allergan, Inc (Irvine, California, EUA) e é a marca de toxina botulínica mais bem estudada do mundo. O Botox está disponível há mais de uma década e já foi usado em milhões de pacientes no tratamento de diversas doenças, tais como espasticidade e distúrbios dos movimentos.

As injeções locais de toxina botulínica são uma técnica promissora para aliviar os sintomas de hiperidrose. Pesquisas mostraram que a toxina botulínica é segura e eficaz para uso nas axilas, mãos, pés e rosto. Um estudo clínico em 322 pacientes com sudorese intensa nas axilas mostrou que 81% melhoraram com injeções de toxina botulínica, com redução de mais de 50% do suor. A melhora do suor durou 201 dias (quase 7 meses) em mais em 50% desses pacientes.

A toxina botulínica é uma proteína natural purificada. Quando usada no tratamento do excesso de suor, ela bloqueia temporariamente a secreção das substâncias químicas do sistema nervoso que “ligam” as glândulas sudoríparas. Ao bloquear ou interromper esse mensageiro químico, a toxina botulínica “desliga” o suor na área em que foi aplicada.

Uso eficaz das injeções de toxina botulínica do tipo A

O tratamento da hiperidrose com toxina botulínica é mais eficaz quando aplicado por um médico especialmente treinado e experiente em sua aplicação. Para encontrar um médico próximo a você com experiência no tratamento da hiperidrose.

Procure médicos que freqüentaram eventos educativos da International Hyperhidrosis Society, que fornecem informações e treinamento no uso da toxina botulínica no tratamento da hiperidrose.

As injeções de toxina botulínica podem ser aplicadas no consultório médico, a aplicação não demora muito e não é necessário restringir as atividades de trabalho ou lazer (exceto deixar de fazer exercícios físicos intensos ou de ir à sauna no dia da aplicação).

Durante o procedimento, uma agulha fina é usada para injetar pequenas quantidades do medicamento sob a pele próxima às glândulas sudoríparas para reduzir o excesso de transpiração. São dadas várias injeções com intervalo de 1,5 cm entre elas, dependendo da avaliação do médico da área a ser tratada. Injeções nas palmas das mãos ou solas dos pés podem doer um pouco. Para aliviar o desconforto, o médico pode usar uma ou mais técnicas anestésicas, tais como cremes analgésicos, bloqueios de nervos, gelo ou vibrações.

O procedimento às vezes não alcança algumas glândulas sudoríparas. Portanto, você talvez continue a suar nas áreas não tratadas. Nesse caso, é importante falar com o médico para que ele possa reavaliar as regiões não tratadas e, se necessário, aplicar injeções extras nessas áreas.

As injeções de toxina botulínica não curam a hiperidrose. Os sintomas voltam aos poucos. Para manter a secura, são necessárias novas injeções, que têm que ser aplicadas periodicamente em intervalos de 7 e 16 meses.

 

Medicamentos

Alguns médicos receitam medicamentos por via oral para tratar a hiperidrose. Os seguintes medicamentos podem ser empregados: anticolinérgicos, betabloqueadores e cloridrato de clonidina. Os nomes comerciais são propantelina, brometo de glicopirrônio, benztropina, diazepam, diltiazem, indometacina, oxibutinina e glicopirrolato/robinul. Na teoria, esses medicamentos ajudam a tratar o excesso de suor porque reduzem a produção de líquidos no corpo como um todo e, portanto, podem reduzir o suor. Contudo, o uso prolongado não é recomendado porque eles podem ter efeitos colaterais graves. Na verdade, muitos médicos não acreditam que o uso de anticolinérgicos sistêmicos ou de outros medicamentos por via oral seja apropriado no tratamento da hiperidrose focal primária (excesso de suor localizado que não é causado por outra doença).

Uso eficaz dos medicamentos

Conforme mencionamos acima, muitos especialistas não acreditam que os anticolinérgicos ou outros medicamentos orais seja úteis a longo prazo para tratamento do excesso de suor localizado, pois esses medicamentos podem causar os seguintes efeitos colaterais:

  • Boca seca
    • Visão turva
    • Distúrbios da fala, paladar, mastigação e deglutição
    • Retenção urinária
    • Constipação
    • Palpitações

Existe, no entanto, uma aplicação promissora dos anticolinérgicos. Alguns médicos e pacientes obtiveram ótimos resultados no tratamento do suor das palmas das mãos e plantas dos pés triturando um comprimido de anticolinérgico e adicionando-o à água durante a iontoforese. Veja mais informações sobre a iontoforese e como os anticolinérgicos podem torná-la ainda mais eficaz. Os anticolinérgicos também podem ajudar em caso de complicações da STE como a sudorese compensatória, mas nesses casos o tratamento deve ser cuidadosamente acompanhado.

Cirurgia

Se todos os outros tratamentos tiverem sido tentados e adaptados a situações individuais mas mesmo assim se mostrarem ineficazes, o tratamento cirúrgico pode ser considerado para tratamento do excesso de suor. Dois tipos de cirurgia são usados no tratamento da hiperidrose: técnicas locais, que removem as glândulas sudoríparas de uma região específica como as axilas, e a simpatectomia torácica endoscópica (STE). A STE é considerada o último recurso, pois muitas vezes causa sudorese compensatória grave e irreversível. Na verdade, muitos médicos nunca indicam a STE devido aos efeitos colaterais graves do procedimento.

Técnicas cirúrgicas locais

Os procedimentos locais, que são aplicados apenas onde ocorre o suor, são a excisão, curetagem e lipoaspiração, que são empregados em casos de sudorese axilar muito grave. A excisão consiste em extirpar as glândulas sudoríparas e a curetagem consiste em raspá-las. Na lipoaspiração, elas são retiradas por um sistema de sucção. Os dermatologistas freqüentemente obtêm bons resultados com essas técnicas. Devido à natureza do procedimento, esse tratamento é apropriado apenas para o excesso de suor nas axilas.

Simpatectomia torácica endoscópica

A maioria dos médicos especialistas em hiperidrose não recomenda a simpatectomia torácica endoscópica (STE). Durante a STE, os médicos tentam interromper a transmissão de sinais nervosos da medula espinhal para as glândulas sudoríparas e assim prevenir que esses sinais nervosos “liguem” as glândulas sudoríparas.

O procedimento é realizado sob anestesia geral e emprega uma minicâmera, que é inserida no tórax através da axila. Um dos pulmões é temporariamente esvaziado para que o cirurgião possa cortar ou destruir os nervos da medula espinhal que fazem com que as glândulas sudoríparas fiquem hiperativas. Esse procedimento é permanente e não há nenhuma técnica capaz de revertê-lo.

O cirurgião primeiro realiza o procedimento primeiro de um lado e depois do outro. A STE vem sendo usada para tratamento de casos graves de suor nas palmas das mãos e de alguns casos de suor tanto nas palmas como nas axilas. É uma cirurgia de grande porte que traz riscos significativos, tais como sudorese compensatória grave, distúrbios psicológicos e outros problemas no corpo.

Sudorese compensatória

A sudorese compensatória é um efeito colateral da cirurgia de STE e consiste em um suor intenso e excessivo que ocorre em grandes áreas do corpo, como as costas, o tórax, o abdome, as pernas, a face e as nádegas. É um efeito colateral grave, pois o suor pode ser tão intenso ou até pior que o problema original.

Um estudo realizado nos EUA em 121 pacientes no Medical City Hospital de Dallas, Texas revelou que mais de 80% dos pacientes submetidos à STE desenvolvem sudorese compensatória. Na Dinamarca, 90% dos pacientes que participaram de um estudo realizado no Hospital Universitário de Aarhus se queixaram de sudorese compensatória. Metade deles era obrigada a trocar de roupa durante o dia por causa do excesso de suor.

Uso eficaz da cirurgia STE

Antes de indicar a cirurgia, os pacientes e seus médicos devem ter certeza de que já tentaram todas as outras opções de tratamento, inclusive antitranspirantes vendidos com receita iontoforese, iontoforese com anticolinérgico, injeções de Botox  e associações desses tratamentos.

Os pacientes e os médicos também devem avaliar cuidadosamente os prós e os contras da cirurgia e ter em mente os riscos significativos associados ao procedimento. Alguns médicos afirmam que o alto risco de complicações da STE e as baixas taxas de satisfação com o procedimento devido a problemas posteriores fazem com que esse procedimento seja raramente (ou nunca) indicado para tratamento da hiperidrose.

Recomenda-se consultar um dermatologista antes de recorrer à cirurgia. O dermatologista poderá receitar tratamentos não-cirúrgicos eficazes para a hiperidrose das axilas ou realizar cirurgias locais em vez de STE.

É importante lembrar que os procedimentos locais para tratamento do excesso de suor são considerados cirurgias de grande porte e exigem treinamento especial. Se você está pensando em tratamento cirúrgico, escolha um dermatologista ou cirurgião bem treinado e atualizado sobre as pesquisas mais recentes para fazer o procedimento. Ao escolher um dermatologista ou cirurgião, pergunte a porcentagem dos pacientes que teve efeitos colaterais como sudorese compensatória após STE e peça para falar com pacientes que já tenham sido tratados pelo profissional em questão. Como algumas complicações da cirurgia só aparecem anos depois do procedimento, procure falar com pacientes que já foram operados há pelo menos dois anos. Pergunte a eles se estão satisfeitos coma cirurgia, se tiveram efeitos colaterais e se recomendariam o procedimento a outras pessoas.

 

O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas que se localizam nas camadas mais internas da pele, comunicando-se com a camada mais superficial através de micro-ductos que desembocam em poros na nossa pele.

O suor tem como função básica ajudar na regulação da nossa temperatura corporal. A produção de suor pelas glândulas sudoríparas é controlada pelo nosso sistema nervoso central, nomeadamente pelo hipotálamo onde os neurônios termossensíveis se encontram.
Além do aumento da temperatura corporal, sistema nervoso também pode estimular a sudorese em momentos de estresse emocional. Geralmente, a transpiração nestes casos se restringe a certas áreas, como mãos, pés, axilas e crânio.

Hiperidrose

Como já referido na abertura do texto, a hiperidrose é um estado onde o corpo transpira mais do que seria necessário para arrefecer o organismo. Qualquer ponto do corpo pode ser afetado, porém, palmas das mãos, solas dos pés, face e axilas são os sítios mais comuns. Via de regra, a hiperidrose é uma sudorese focal, acometendo apenas uma área do corpo.

Atualmente, para o diagnóstico da hiperidrose usamos os seguintes critérios:

1. Sudorese focal excessiva com mais de 6 meses de duração e sem causa aparente.

Mais dois dos critérios listados abaixo:

2. Sudorese bilateral e simétrica (acomete ambas as mãos, pés e/ou axilas).
3. Sudorese que atrapalha as atividades diárias comuns.
4. Sudorese excessiva que ocorre pelo menos 1x por semana.
5. Início do quadro antes dos 25 anos de idade.
6. História familiar de hiperidrose.
7. Sudorese focal durante o sono.

Cerca de 2% da população apresenta critérios para o diagnóstico da hiperidrose. Pessoas de origem asiática, principalmente japoneses, têm um risco maior de apresentarem a doença. A hiperidrose focal é mais comum em adolescentes e jovens; menos de 5% dos casos iniciam-se após a puberdade, o que faz com que todo adulto com quadro de sudorese excessiva de inicio recente seja investigado para doenças metabólicas ou uso de medicamentos.

A hiperidrose costuma piorar em períodos de calor ou durante estresse emocional, mas muitos destes pacientes transpiram a todo momento, sem que haja fator desencadeante aparente.

Apesar de não ser uma doença grave, que traga maiores complicações, a hiperidrose pode ser incômoda e atrapalhar a vida social e profissional dos pacientes. O excesso de suor nas axilas pode manchar roupas e ser esteticamente indesejável, enquanto que a transpiração nas mãos pode molhar papeis, tornar o manuseio de instrumentos uma tarefa difícil e causar constrangimento ao apertar as mãos de outras pessoas.

Além do constrangimento social, a hiperidrose favorece o aparecimento de algumas doenças de pele, como eczemas, verrugas, dermatite atópica, infecção fúngica nas unhas, frieiras, foliculite e odores desagradáveis.

Causas de hiperidrose

A hiperidrose primária, ou seja, sem causa aparente, costuma ser localizada, acometendo apenas mãos ou pés ou axilas. Eventualmente o excesso de suor na face e crânio pode fazer parte do quadro. Quando a hiperidrose é difusa e/ou inicia-se após a idade adulta, é preciso pensar em causas secundárias, entre elas podemos citar:

– Neoplasias
– Linfoma

– Diabetes
– Doenças da tireóide
– Tuberculose
– HIV
– Outras Infecções
– Doenças Febris
– Alcoolismo crônico
– Gota
– Menopausa
– Feocromocitoma
– Medicamentos

Entre os medicamentos que podem causar hiperidrose estão:

– Propanolol
– Nifedipina

– Fisiostigmina
– Pilocarpina
– Antidepressivos ( Escitalopram, Fluoxetina, Sertralina…)
– Insulina
– Hipoglicemiantes orais
– Tamoxifeno
– Sildenafil
– Omeprazol
– Ciclosporina
– Tramadol

Em geral, quando a hiperidrose é secundária a alguma doença, o paciente já apresenta outros sinais e sintomas da doença de base. Se o paciente apresenta febre, perda de peso, tosse, lesões na pele etc… é fácil suspeitar que o surgimento de hiperidrose esteja relacionado a uma doença sistêmica e não seja um quadro primário. Uma hiperidrose que só surge durante o sono também sugere a presença de uma causa secundária.

 

NOVIDADE 2018 – NO TRATAMENTO DA HIPERIDROSE LOCALIZADA

ARTIGO NA DERMATOLOGIC SURGERY, ESTADOS UNIDOS, 2018.

Uma nova formulação com Oxibutinina TÓPICA , EM CREME, APRESENTOU BONS RESULTADOS PARA CASOS EM CRIANÇAS E ADULTOS , localizados de hiperidrose.

Dr Claudio Wulkan já entrou em contato com algumas farmácias de manipulação para testarmos essa formulação, na clinica e na FACULDADE DE MEDICINA

 

Artigo escrito pelo Dr Claudio Wulkan

Dermatologista- tratamento da Hiperidrose avancado em São Paulo- SP- Osasco – Alphaville