Herpes zoster: quem está em risco?

Entenda o que é a doença e os motivos que levam algumas pessoas a serem mais suscetíveis a ela.

Nem todo mundo está sujeito a desenvolver o herpes zoster, popularmente conhecida como cobreiro. A doença, decorrente da reativação do vírus chamado de herpes-varicela zoster, atinge apenas aqueles que, em algum momento da vida, já tiveram varicela (popularmente conhecida como catapora) ou estiveram em contato com esse agente infeccioso. No entanto, dentro desse vasto grupo – um estudo do Ministério da Saúde com crianças de até 10 anos em escolas públicas paulistas identificou que até 90% delas haviam tido contato com o vírus -, apenas uma pequena parcela, estimada em 20%, vai desenvolver o zoster.

A primeira infecção causada pelo vírus resulta nas bolhas vermelhas e na coceira características da catapora, mais comum em crianças ou adolescentes. Após o término desse período, o vírus não é eliminado, mas permanece dormente no organismo. “Ele fica incubado nos gânglios nervosos e pode retornar se houver problemas de imunidade, causando a doença”, explica dr. Luis Fernando Aranha Camargo, infectologista do Einstein.

Como a manifestação depende da baixa imunidade, a incidência do zoster – embora ainda desconhecida em números exatos – é mais comum em idosos (a partir dos 60 anos) ou em imunodeprimidos, tais como pessoas com o vírus HIV, portadores de doenças crônicas ou ainda quem esteja submetido a algum tipo de tratamento que reduza a capacidade do corpo de se proteger ou reagir contra determinada ameaça, a exemplo da quimioterapia.

De acordo com os especialistas, o vírus, que estava adormecido, aproveita a falha do sistema imunológico, sai dos gânglios nervosos e vai até a pele, afetando-a. Antes mesmo do sintoma propriamente dito, as pessoas podem apresentar febre e dores de cabeça, além de sentir coceira, ardência e mal-estar. Após três ou quatro dias, a pele começa a ficar avermelhada, muda de textura e de aparência. Logo depois, as vesículas (pequenas “bolhas de água”) aparecem em uma faixa, seguindo o caminho do nervo afetado. Por isso, geralmente o zoster atinge apenas um dos lados do corpo, raramente ultrapassando a linha mediana. “Pode existir herpes zoster sem vesículas, que até tem um nome em latim, zoster sine herpes, que se manifesta só pela dor”, alerta, contudo, o dr. Jacyr Pasternak, infectologista do hospital.

As regiões mais afetadas costumam ser a torácica, a cervical e a lombar, mas isso não significa que outras partes não possam ser comprometidas. Os casos em que o rosto é atingido são os mais graves e inspiram mais cuidados. Neste cenário, o ideal é que um oftalmologista acompanhe a evolução do quadro a fim de evitar uma possível perda da visão.

O tempo de duração dos sintomas varia, mas geralmente em duas semanas as bolhas secam, formando crostas, e quinze dias depois as lesões somem. A maioria das pessoas tem apenas um episódio de herpes zoster. Porém, há relatos na literatura médica de pacientes que tiveram um segundo ou terceiro episódio da doença, mas esse índice é menor do que 1%. Nos casos de recidiva, a recomendação é realizar exames para identificar uma possível causa de baixa imunidade constante, como contaminação pelo HIV.

 

Diagnóstico e tratamento

Devido às características próprias, uma avaliação clínica bem feita é capaz de identificar a manifestação da doença. No entanto, se houver a necessidade de confirmação do diagnóstico, o médico pode pedir a realização de exames de sangue que vão desde a avaliação da presença de anticorpos ativos no organismo ao proteína C reativa (PCR).

O tratamento do herpes zoster utiliza a mesma base de antivirais do herpes simples: o aciclovir e outras drogas semelhantes, como o valaciclovir ou famciclovir. Porém, a dose utilizada deve ser duas ou três vezes superior e a administração pode ser diferente. “Em quadros agressivos, como aqueles que atingem a face ou que pegam dois terminais nervosos, vale a pena internar o paciente e dar a medicação via endovenosa. Nos demais, não há essa necessidade”, esclarece o dr. Alexandre Marra, infectologista do Einstein. “A absorção desses remédios é ruim no estômago. Mas hoje as novas drogas tem melhor biodisponibilidade, então conseguimos tratar com menos comprimidos, quando é o caso”, diz.

É comum que, mesmo após o desaparecimento das vesículas, a dor no nervo ainda permaneça. O quadro é conhecido como nevralgia pós-herpética e pode durar até quatro meses. Nesses casos, o uso de analgésicos, antidepressivos e anticonvulsivantes, (utilizados apenas para finalidades analgésicas) pode ser indicado.

 

Contágio e vacinação

O vírus pode ser transmitido por meio do contato direto da pele com as vesículas, ou ainda por meio das secreções respiratórias. Também pode ser transmitida via objetos contaminados. De acordo com o Ministério da Saúde, “excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster.”

Por isso, a vacinação é tão importante. “Temos uma vacina de vírus vivo muito eficiente que finalmente vai para o calendário de vacinação. Para o zoster, há uma vacina de vírus vivo que já está disponível no Brasil”, esclarece dr. Pasternak. A indicação da Sociedade Brasileira de Infectologia é que a imunização contra a varicela seja feita em duas doses: a primeira, quando a criança tem 12 meses, e a segunda, aos quatro anos de idade. A vacina será incorporada ao calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: http://goo.gl/VZyr9g

Dr. Claudio Wulkan é:
Dermatologia Clínica e Cirúrgica
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina
Revisor Científico de Livros de Dermatologia da Editora Médica Manole
Assistente no ambulatório de Dermatologia Estética na Faculdade de Medicina, FMABC

Membro das:
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
American Academy of Dermatology
Corpo Clínico Hosp. Israelita Albert Einstein Alphaville desde 2004
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